luto

Aos 100 anos, morre escritora e professora Neiza Leite Veleda

Foto: Jean Pimentel (arquivo/ Diário)

Faleceu, aos 100 anos, a escritora, poetisa e professora universitária aposentada Neiza Leite Veleda. Neiza morreu de causas naturais nesta segunda-feira, às 11h47min, na cidade de Tapes, onde morava com os filhos. Ela era a detentora da cadeira número 23 da Academia Santa-mariense de Letras (ASL). Foi professora universitária e, entre 1963 e 1986, deu aulas no curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Além disso, desenvolveu um trabalho de acompanhamento de pacientes nos hospitais de Santa Maria como Diácono na Catedral do Mediador de Santa Maria, da Igreja Anglicana do Brasil.

Nascida em Bagé, Neiza chegou a Santa Maria em 1963, com o marido, o engenheiro agrônomo Erb Veleda, que faleceu aos 49 anos, e, mesmo depois disso, foi na Cidade Cultura que Neiza se estabeleceu com os três filhos e viu crescer os netos e bisnetos. Com Erb, Neiza teve três filhos, Eurico, médico veterinário; Eduardo, bacharel em Direito e docente aposentado da UFSM; e Elizabeth, engenheira civil e professora universitária jubilada.

Ao longo da vida, publicou dois livros de poemas, Sob o Céu de Santa Maria e Eu Era Verde.

Em maio deste ano, Neiza havia comemorado os 100 anos em uma festa com familiares e amigos em Tapes, no Clube Náutico Tapense. Conforme a filha Elizabeth, 70 anos, na celebração, a mãe cantou em francês, dançou tango e foi muito homenageada:

 - Ela era uma mulher ativa, religiosa, levava uma vida tranquila. Vai nos deixar muita saudade, mas acreditamos que ela cumpriu sua missão.

A poetisa cultivou várias amizades, entre elas, com o ilustre poeta alegretense, Mário Quintana, falecido em 1994.

Conforme Lígia Militz da Costa, que integra a diretoria da Academia Santa-mariense de Letras, Neiza era querida por todos e se destacava pelo talento como escritora. Em 2018, foi a mais votada engre os Destaques da ASL no gênero conto pelo trabalho na última antologia publicada pela academia. Um conto inédito escrito por ela já foi enviado para a instituição para ser publicado na coletânea da antologia Em Prosa e Verso XII, no ano que vem.

- Era uma figura espetacular, uma pessoa suavíssima, de trato requintado. Ficamos tristes pela perda, mas felizes pelas coisas tão ricas que ela deixou - falou Lígia.

O velório de Neiza deve começar às 21h, na Catedral Anglicana do Mediador em Santa Maria. O sepultamento está previsto para terça, às 14h, no Cemitério Santa Rita.

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